segunda-feira, 13 de julho de 2009

Peco

Peco por querer ser um ser diferente daquilo que sou.

Peco por não saber dosar a intensidade dos meus atos contínuos e sem prescrição.

Peco por diversos motivos, diversas coisas, diversas vezes, incontáveis, incontroláveis.

Peco por não obter respostas em minhas perguntas obliquas.

Peco por acreditar, por querer ter, e isso hoje não é mais possível, não hoje, e talvez, até mesmo pelas circunstâncias do momento não será mais.

E foi você mesmo quem me disse que estava preparado. E embora eu acreditasse em você, de certa forma sabia que isso seria inevitável. Patético, não? Saber das coisas antes mesmo delas acontecerem, não é verdade?

Patético, por me conhecer muito bem e saber daquilo que estou disposto a fazer e ter. Embora você tenha me provado completamente o contrario. Lógico que estas palavras são apenas para colocar a voz pra fora, e dizer-lhe que eu tentei, de todas as formas possíveis e imagináveis, eu tentei.

Foi exatamente você que não quis mais. Não atendeu telefone, não respondeu as minhas mensagens, ficou exatamente da mesma forma como se nada tivesse acontecido.

E então, continuo a seguir meu caminho, sem mesmo poder entender o quanto que isso vai me custar. E o quanto estou preparado pra tudo.

Eu sei disso! Sei que embora tenha me dito o contrario, eu sei disso!

Eu simplesmente não acredito mais! Não quero mais ter! Nunca quis ser o dono da verdade!

O que vou fazer da minha vida agora?

Agora eu não vou viver como alguém que só espera um novo amor, as outras coisa no caminho por onde eu vou, as vezes ando só trocando passos com a minha solidão, e estes são os momentos de que não abro mão. Escuto um silêncio que há em mim e isso basta. Eu quero sair de manha, quero seguir a estrela em uma louca tempestade, quero ser uma tarde gris, quero que a chuva corra sobre o rio, o rio por ruas corre em mim, as águas que me querem levar tão longe. Eu quero partir bem manha, eu quero sentir o vento na minha pele a deslizar, quero uma lua plena, quero sentir a noite. Outro tempo começou pra mim agora, vou deixar a rua me levar e ver a cidade se acender. Agora eu vou viver!